Oportunamente, encontrei uma entrevista com uma mestranda da UFMG. Algumas falas dela enriquecem nossa discussão sobre a questão do tempo de apropriação de uma tecnologia por uma sociedade. O que está em verde são interferências minhas relacionando o assunto ao que temos tratado em postagens anteriores.
A jornalista Camila Maciel Mantovani analisa o impacto da cultura do celular no cotidiano das pessoas.
"A rapidez com que os celulares foram absorvidos não só no Brasil, mas como em várias partes do mundo, é algo que chama a atenção de pesquisadores e estudiosos da área. A pesquisadora Sadie Plant, em estudo conduzido para a Motorola, diz que os celulares entrarão para a história como o “equipamento tecnológico” que foi mais rapidamente adotado pelas pessoas."
SIMPLICIDADE
"Em parte, isso se deve ao fato de que, ao utilizar os celulares, as pessoas não precisam lidar com uma série de componentes complexos, como os softwares, por exemplo."
FAMILIARIDADE DA INTERFACE
Design determinando o tempo de apropriação tecnológica
"Com relação à interface com os usuários, os celulares têm utilização bastante similar aos telefones convencionais (fixos). Portanto, a aprendizagem inicial para o uso da telefonia móvel não demanda grandes esforços por parte do usuário. "
ENGAJAMENTO através da personalização do artefato
No que se refere à produção de conteúdo para celular, hoje já temos no Brasil diversos produtos como os ringtones, as imagens, os vídeos, os jogos. E esses serviços de valor adicionado só tendem a crescer. Porém, para que seja possível a comercialização de conteúdos mais elaborados, bem como a ampliação do consumo dos mesmos, é preciso haver um amadurecimento do usuário, no que se refere à utilização do telefone celular para além dos serviços de voz. Além disso, é necessária uma modernização nos aparelhos habilitados para que possam suportar tais serviços. Camila Mantovani
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